É um pesar doloso
que o brilho incerto
desse emaranhado pulsivo
sufocante e ilusório amor
tenha se ofuscado de vez.
Mas esse pesar ardiloso
só se faz porque debulha-se
no orgulho egoíco despedaçado
nos ladrilhos dessa relação
nociva desestrutural.
O adeus se emoldura
no oportuno espelho
tempestuoso da traição.
O trair não se emerge somente
dos pedestais da concretude
superficial de suas atitudes,
O trair se exalta no algoz
infiel de sua postura errante
para com meu venoso dedicatório.
Vil...
Fostes vil...
Amargo âmbito de maldade
Receba meu escarro fucral..
Todo o aquele que fizestes a ferir minha alma
devolvo a ti!
Toda lama que sustenta minha dor,
toma-te!
Tudo é seu,
Ser infiel, inferior
Figura digna de meu esquecimento
pessoa de meu passado,
passado esse de valor despedaçado!
Toma-te!
Leve contigo todo sangue triste que de mim brotou...
E nesse finalmente "adeus"
Selo o fim
a porta da mentira se fechou...
fim
fim...
desse seu falso amor!
Pris Zanon

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