sábado, 28 de maio de 2011

Desejo do auto prazer em si!!!

O toque ao extremo...
as mãos se auto percorrendo...
sentindo o gozo do corpo
no exalo excitante dos fluidos genitais
evaporando-se em calor
aniquilando qualquer pudor
desejos enaltecidos...
libido incessante dos dedos massageando o sexo
respiração lasciva em evidência...
boca salivante..almejante...
se doar...sentir...se tocar
o masturbar em si
ato de se auto permitir
busca voluptuosa dos orgasmos secretos
a busca do prazer começa por si
conheça-te a ti mesmo!!!

Priscila Zanon

domingo, 22 de maio de 2011

Narcisico..desejo de si mesmo!!!

Amor a si mesmo...
patologia atrativa do monologo do espelho.
Sua concha calcária, esfera impenetrável
aos escritos do externo mundano.
Você recebe minha libido investida
porém a retém em sua figura narcísica.
Seu espelho só reflete a ti mesmo,
e meu desejo fica na sombra das migalhas de sua atenção.
Tão belo e tão egocêntrico,
não almeja o repartir de sua luz com  um outro alguém.
Seu desprezo sutil,
aprisiona minhas declarações em vão.
Seu olhar só se reverte a ti...
pobre de mim,
gasto meu amor ao espaço do seu não.
É tão difícil olhar para o lado?
É tão árduo sair da margem do rio?
Sua imagem lúdica
envenena sua existência vazia...
"amor"...você só o tem a ti mesmo!
armadilha da vaidade que alimenta
a casca oca de sua essência.
Um dia o espelho se quebra....

Priscila Zanon

sábado, 7 de maio de 2011

Desejo De Você!!!

Então..demasiada dor...culminante, fulminante
é o que eu sinto, Entrega...abertura expansiva, interrupta
de meu peito de marfim...eu me abro a ti....submersão de submissão
aos lampejos de morfina que me remetem ao seu lembrar...
E o fantasiar? Ahhh...que deleite do despropósito..ousadia de remeter a você...
Rasgo-te todo nesses anseios majestrais de meus desejos a ti...
Sucumbo a epidérmica do prazer ansiógeno de desejar você...
Ahhh..seu corpo sobre o meu...Saudades...Mármore fulcral de minha entrega libidinal
Sozinha limito-me ao fantasiar...as mãos do nostálgico lembrar desfilam o desejo da volúpia
escarlatina de meus lábios fusionados aos seus...
Sua língua..órgão emergente de meus soluços corporais...percorrem minha estima pulsante
de ardor orgasmático....
Aiii....que vontade de você...
embriagar-me na sua saliva aditiva é o meu depositar esperançoso dos lençóis cálidos
do pedestal do apetecer você!!!
Espera insólita..malogra o lubridiar da saudade!
Corpo aberto, percorrido...mastigado...acoplado...
Seu respirar suado é meu cálice transbordado do exalar de minha dilatação uterina...
Ahh... o coito arrepiado da perda da constância de seu corpo sobre mim!!!
penetra...volta...reafirma o apogeu de nosso ápice deleitoso...
Nossa carne impúdica...envolta...nosso ato concupiscente...evasão de nossos sentidos mais salaz...
saciar dos anseios mútuos...embriaguez de nosso sangue lascivo..deleite..delicia...
Ahhhh..vontade de você...

Pris Zanon

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pensemos: O Que sustenta a Dor do Desejo não correspondido?

Confiança versus Insegurança...
Qual é a marca sustentável do ser
que cada um a pondera no equilíbrio da balança pulsional?
Solo...cada um quer o seu,
pisar sem se afundar na lama insólita das ilusão.
Há de se pensar o quão é difícil se embasar
nas lacunas frias da indiferença do outro,
por mais que você o deseje e se banhe
no insustentável espelho dos reflexos evasivos
da falta do retorno da energia que fora depositada.
Se o outro não corresponde seu investimento libidinal,
porque o faz então,
com tanta veemência existencial?
Para que, o retirar total do amor do EU
e depositar intensamente no outro
mesmo se intuitivamente não ancorar
as expectativas do retorno a altura
do que se imagina, se fantasia...
Qual a base do desejo inalcansável e crucial
que  se é entregue ao outro?
A Dor?
O Masoquismo em si?
Repetição?
Baixa auto-estima?
Ou falta de opção?
Prazer e Dor...porque sempre mistificados
nesse nó desnodulado , abissal e paradoxal
do Amor?

Pri Zanon

domingo, 1 de maio de 2011

O Violentador

Conto Erótico

As ruas são frias,molhadas de chuva cálida. Eu caminho com passos largos, apressados, estou sozinha,submersa na escuridão nebulosa das pedras ladrilhadas da calçada. Sou a única multidão da noite.
Um certo medo prazeroso invade meus pensamentos , sensação súbita de perseguição, passos conjuntos no compasso do meu andar assustado.
Será que há alguém a me seguir? Desejo vil de ter um estranho sedento atrás de mim. A adrenalina emergente do perigo invade meus pensamentos escondidos, fantasio com a situação eminente de um alguém sem rosto sendo puramente gozo no meu rastro. Fetiche o meu, do coito inesperado e forçado.
Diminuo meu caminhar, e no silêncio das gotas gélidas do noturno obscuro sinto a respiração do outro exalando o cheiro do incerto e do instigador ameaçador. E agora? hei de correr ou de me entregar?
Nos delírios errantes desse jogo de lobo mau, eu sei o que ele deseja, e ele deseja a mim, meu corpo frágil, descoberto nesses fluídos arrepiantes de terror sendo arrebatada, consumada nessa fantasia ilegal.
Enquanto afundo meu pensar lascívo nesse imaginário malicioso...Eis que a ruptura do silêncio da noite se fez...
Gritei com o espanto da ferocidade a qual meus membros foram agarrados. O sujeito de encontro a minha luta inutíl de se desvencilhar de seu hálito cheio de maldade.
" Me larga!"..."Socorro"....palavras ecoadas em vão!
A brutalidade instintiva se fez então! O desconhecido oportuno do acaso me rasgou, dilacerou meus panos que cobriam meu pudor.Sua boca salivosa, sedenta de desejo fora de encontro a minha pele assustada, pálida, arrepiada, preenchida dessa cena de horror. Mesclado o meu desespero com a fantasia fugaz realizavél de submissão, possessão e violentação, meu corpo cravaste a luta do desejo perverso da volúpia ao falo desconhecido e agressivo contra o medo da perda de algo que se presava em manter. A moralidade.
Ele me morde,me marca e me abusa sufocando meu grito de dor. Ele me come como um predador imundo e penetra minha intimidade carnal sem ao menos ser convidado, perfura meu sexo, percorre meus seios, transborda seus desejos perversos e converte minha humilhação em seu orgasmo pessoal.
Eu deixei de relutar, fui amordaçada pela violência , forçada a se abrir, a deleitar da minha dor sem dignidade.E quando o gozo sem rosto saiu de mim, o que me restará somente fora meu respirar ofegante e sufocado pelo suor animal de meu invasor brutal.
Estou agora jogada no beco mórbido de uma rua vazia, contaminada em liquidos espessais do prazer alheio e cansada da luta em vão, expelindo o perplexo de meus pensamentos prazerosos do ato penoso...
Eis que surge uma voz que interrompe minha hipnose anestésica do ato lubrico e perverso em questão:
"Amor...Amor?...Fiz direito?
Era assim que você queria? Parecia um estuprador de verdade?
Responde Amor!!!"

FIM.

PRISCILA ZANON