terça-feira, 5 de julho de 2011

Pele....Desejo epidérmico

Pele, órgão lascivo,
Guardiã, caixa pandórica dos desejos
 encobre a carne do deleite mastigado
A pele que se desdobra em mim, elucida os arrepios perdidos
causados pelos sussurros latentes de sua respiração repousada em meus ouvidos.
A Pele se estica e exala-se em gemidos,
os prazeres descontidos são aqueles molhados de suor.
Pele...o natural da epiderme é o almejo do encontro a outra Pele
Fluidos humanos do prazer...
Pele, escama ardilosa do cheiro sexual...
sua pele provida de meu gozo
meu fulgor desnudido em pele
sua pele devora a minha
minha pele está sobre a camada epidérmica de seu corpo
duas respirações unidas
uma só pele...
toque...tato...sentidos....calafrios uterinos
pele, pelos, poros, tudo enfim
Pele gemida, comida...a boca de sua pele sobre mim...
desejos abissais de sua pele de marfim....
pele macia...
pele desprovida de pudor...
sua pele, meu calor...
Sua pele junto a minha
pele e ardor
uma só pele enfim...uma soma..
a plástia....
a pele sempre a nos representar...
tradutora dos anseios...
pele, piel...fonte de desejos...
que a pele se desfaça, que a pele seja comida
minha pele...seu banquete...
Coma!

Pris Zanon